sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Destaques: séries que nasceram em 2017

Vocês acharam que eu não ia rebolar minha bunda hoje, né? a gente não fosse postar mais nada esse ano, né? Pois muito que bem, semana passada trouxemos algumas séries que se foram em dois mil e dezessete. Mas como a vida tem duas vias, dois mil e dezessete trouxe também outras séries/minisséries, e nós fizemos uma listinha com as melhores. Vale lembrar que não estão por ordem de preferência e que é a nossa opinião. Porque é aquilo: fim de ano sem lista de melhores séries não é fim de ano. 


Se a gente não começasse com 13 Reasons Why (Netflix), essa lista estaria toda errada. 13RW é uma série homônima adaptada por Brian Yorkey e Diana Son. Ela se desenvolve sobre a personagem Hannah Baker (Katherine Langford), uma jovem que está no auge do ensino médio, mega descolada, popular e bonita (porque depressão não segue um estereótipo e pode acontecer com qualquer pessoa), que devido ao bullying que vinha sofrendo pelos amigos, comete suicídio, deixando sete fitas cassetes, numerando treze motivos, cada qual em um lado, do porquê de ter tirado a própria vida. Não é uma série divertida, não é uma série engraçada, não é uma série romântica, não é uma série aonde você vai shippar casais, é uma série triste, uma série horrível, com um assunto perturbador, mas daí você se pergunta do porquê ela ser uma das melhores do ano. E nós respondemos, caro leitor, a pauta da série é um assunto que precisava ser abordado, simples assim. 



Dando sequência temos Atypical (Netflix), uma dramédia que leva como pauta um assunto muito importante de forma simples e descontraída. A série se desenvolve sobre a vida de Sam, interpretado por Keir Gilchrist, um garoto diagnosticado com Autismo que prestes a chegar a idade adulta, passa a sentir certas necessidades e curiosidades para descobrir quem realmente é, descobrindo mais sobre sua personalidade e também sobre suas limitações. E como todo bom drama, a série toca muito no assunto família, e como a mesma reage com a doença do personagem principal. A série é distribuída por doses certeiras de drama e comédia, dando o tom perfeito e necessário, logo que ter o Transtorno do Espectro Autista como tema poderia gerar polêmica. Além de Gilchrist, o elenco da série é composto por Jennifer Jason Leigh, Brigette Lundy-Paine, Amy Okuda, Michael Rapaport, Graham Rogers e Jenna Boyd.



The Sinner (USA Network) é adaptação do livro de mesmo nome de Petra Hammesfahr, que conta a história de Cora, uma mulher aparentemente tranquila, que misteriosamente comete um crime, um assassinato do nada e com inúmeras testemunhas. E a premissa da minissérie é essa, ela segue os eventos que acontecem depois que a jovem mãe mata alguém em público, mas não tem ideia do porquê ela fez isso, o que instiga a nossa curiosidade é justamente a motivação do crime e é na busca a essa resposta que a história será centrada, por tabela explodindo a mente dos telespectadores. E spoiler alert, o desenrolar da história é maravilhoso. O elenco é composto por Jessica Biel, Christopher Abbott, Dohn Norwood, Abby Miller e Bill Pullman.



Aos quarenta e cinco do segundo tempo, no início de dezembro, foi lançada a série Dark (Netflix). De produção alemã, com os gêneros suspense e terror a mais nova série do streaming que a gente mais respeita tem dando o que falar. A história se passa em uma pequena cidade alemã e se desenvolve sobre a vida de quatro famílias. A série trabalha com três, na maioria das vezes, marcas temporais, 1953, 1986 e 2019. Sem muito spoiler, a série aborda muito sobre viagem no tempo, religião, assassinato, e desaparecimento de crianças, temas que não são fáceis de digerir. Mas é uma série que vale muito a pena. A trilha sonora, a paleta de cores da série é um casamento perfeito, é uma coisa linda de se ver! A história se mantém em ótimo ritmo, revelando o suspense aos poucos, não é uma série que enrola até a season finale, vai dando tudo em doses certeiras e homeopáticas. O elenco principal tem nomes como Louis Hofmann, Oliver Masucci, Jördis Triebel e Maja Schöne.



Depois do sucesso de The Big Bang Theory, os produtores da CBS que são muito dos malandrinhos, criaram um spin-off sobre o melhor personagem da série, só que em sua versão mirim. Em Young Sheldon, vemos Jim Parsons narrando os acontecimentos que marcaram sua infância. Alguns acontecimentos que Sheldon comentou nas primeiras temporadas de TBBT. A série foi toda pensada sob a visão do Sheldon adulto, é impossível não assimilar as duas séries. Iain Armitage dá vida ao pequeno Sheldon, o que foi uma escolha incrível e feita pelo próprio Jim Parsons. Além do pequeno Iain, temos Zoe Perry como Mary, mãe do Sheldon, o que é bem interessante, logo que ela é filha de Laurie Metcalf, atriz que interpreta Mary em TBBT. A entrega da personagem e a relação que ela tem com o filho é um dos pontos mais interessantes da série. Raegan Revord, Montana Jordan e Lance Barber também fazem parte do elenco. É uma trama emocionante, além de engraçada e família, sem sombra de dúvidas é uma das melhores séries desse ano. 



The Good Doctor (ABC) fica por conta de Shaun Murphy, um jovem cirurgião diagnosticado com Autismo e Savantismo, que é interpretado por Freddie Highmore. Em TGD, Shaun integra o departamento de pediatria de um Hospital muito prestigiado, onde ele usa seus talentos para salvar vidas e principalmente desafiar a descrença e preconceito dos seus colegas, já que ele está dentro do Espectro Autista. The Good Doctor é um remake americano de Good Doctor, dorama coreano produzido pela KBS, sendo a primeira kdrama adaptado para as televisões americanas, mostrando não somente o crescimento da popularidade, mas também o interesse do público internacional e dos criadores de conteúdo que enxergam a qualidade nas produções sul-coreanas.



Josh Schwartz e Stephanie Savage, que são os criadores de “The O.C.” e “Gossip Girl” séries que foram choque de monstro nos anos dois mil (não que sejamos tão velhos assim), uniram suas mentes e criaram Dynasty (The CW), baseada em uma série homônima que tornou uma das maiores audiências da TV norte-americana nos anos oitenta, retrata conflitos familiares. E nos primeiros segundos do episódio piloto conhecemos Fallon Carrington, interpretada por Elizabeth Gillies. Na trama Gillies vive a filha do milionário Blake Carrington (Grant Show), que fica frustrada e revoltada ao saber que o pai vai se casar com a secretária Cristal Flores (Nathalie Kelley) e que não vai promovê-la ao cargo que ela sempre sonhou dentro da empresa da família. A rivalidade entre Fallon e Cristal é uma das melhores coisas da série. E acredite ou não, o gênero da série é drama, mas é impossível não se pegar as gargalhadas assistindo esse hino de série.



Como já foi mencionado aqui no Blog: de nerd e de geek todo mundo tem um pouco. E não é que vamos novamente divulgar e enaltecer outra produção que saiu das famigeradas HQs? E dessa vez vamos falar sobre The Gifted (Fox), criada por Matt Nix, é baseada na história dos X-Men, do Universo Marvel. A história se inicia com dois adolescentes, Andy e Lauren, que após um incidente no Colégio descobrem ser mutantes. O que vai influenciar não só na vida deles, mas também de toda a família que terão suas vidas mudadas completamente. A família se vê presa em um universo onde as leis contra pessoas com habilidades são mais rigorosas, sendo perseguidos e tudo mais, restando apenas a opção de se abrigarem com um grupo de mutantes que também estão fugindo e juntos irem combatendo o Serviço Sentinela. Em diversos momentos somos apresentados e agraciados com uma explosão de referências do Universo X-Men




Big Little Lies (HBO) é uma adaptação de um livro homônimo e também leva como pauta um homicídio, tendo como o gênero suspense. A história da minissérie se desenvolve sobre a vida de três mulheres, Madeline (Reese Witherspoon), Celeste (Nicole Kidman) e Jane (Shailene Woodley), cujos filhos fazem parte do primeiro ano de um mesmo Colégio. Competição, frustrações, conflitos conjugais, feminismo e girl power são os principais assuntos abordados na minissérie, que em contrapartida corre paralelamente a uma investigação policial, logo que o enredo se passa em duas marcas temporais: antes e depois do suposto homicídio. E é esse o porquê do título da série, as tais grandes e pequenas mentiras, revelando quem é a vítima, o porquê do assassinato e como foi. Um suspense que abraça real o enredo da história. 



Por último, e nem por isso menos importante, dando continuidade a essa vibe de HQs e produções homônimas, vamos falar de outra série do Universo Marvel, outra parceria da Marvel com a Netflix, que seguiria os passos das séries irmãs e que seria sucesso na certa. Claro que não poderíamos deixar de fora o proprietário da segunda temporada de Daredevil e gerando um spin-off sobre o mesmo: Frank Castle (Jon Bernthal) ou Justiceiro. The Punisher gira em torno de Frank, que usa métodos letais para combater o crime, e a premissa do personagem é parecida com a que nos é apresentada em Daredevil, o personagem é assombrado e por lembranças sobre o assassinato de sua família, com a diferença de que as histórias são mais aprofundadas, com mais detalhes, revelando o porquê de Frank ser do jeito que é, o que aconteceu antes de perder a família, quem está por trás dessa tragédia e o motivo de terem feito tamanha barbárie. 




E a menção honrosa fica por conta para uma das séries mais aguardadas de dois mil e dezessete, série essa que abordaria o Universo Marvel, porque embora a gente ame DC Comics, nem só de DC o homem viverá. Sem mais delongas, The Defenders (Netflix) contaria e/ou continuaria a história de Matt (Daredevil), Jessica (Jessica Jones), Luke (Luke Cage) e de Danny (Iron Fist). E poderosíssima como a espada de um samurai, a série se inicia meses depois após os últimos acontecimentos da season finale da segunda temporada de Daredevil, e no ponto exato de onde as séries anteriores pararam. A série consegue unir as pontas deixadas nos últimos episódios das quatro séries, de uma forma sutil e nada forçada. Em TD os quatro heróis unem forças para combater novas ameaças, novos inimigos e inimigos antigos, como a terrível Gao, de Daredevil e Iron Fist

E por hoje é isso, gente. Essa é a nossa lista! O que vocês acharam? Conta pra gente lá no Twitter. Boas festas e até ano que vem!!!

"Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio. Expressar-me por meio de palavras é um desafio. Mas não correspondo à altura do desafio. Saem pobres palavras." Clarice Lispector