sexta-feira, 27 de julho de 2012

E falando em amizade: Julie!

Julie no dia que chegou. Única foto que encontrei

Não sei se vocês se lembram, mas um ano atrás, eu perdi meu lindo Bethoven, o cachorro mais lindo do mundo. Sua morte foi um mistério, ele acordou estranho e naquela tarde se foi. Foi uma perda medonha e triste, talvez a mais triste vivida por mim. Depois disso, jurei pra mim mesmo nunca mais ter qualquer bicho, porque não queria me apegar a mais algum, não queria sofrer outra perda. Quatro meses depois, em uma manhã de sábado, acordei com um choro de cachorro bebê, levantei e fui ver, minha irmã estava com o pequeno animalzinho em suas mãos, eu então perguntei de onde saiu e o que era, minha irmã disse que a mãe tinha pego para dar a alguém, e que era um macho. 

Passamos o dia com o cachorro e começamos a chama-lo de Bob, e eu não tinha me aproximado do animal, de repente resolvo brincar com o cãozinho e pra minha surpresa o Bob era uma Boba, era fêmea. Foi muito engraçado essa cena, eu nunca esquecerei. 

Pra ficar com ela não foi fácil, meu pai não a queria, talvez pelo fato da morte do Bethoven ou então por ela ser fêmea, não sei, não importa. Depois de dois dias, começamos a chamá-la de Julie, mamãe eu a amamos, a mimamos, hoje, com dez meses de vida, sendo oito com a gente, ela está linda e perfeita em Cristo. 

Um mês depois que a Julie estava com a gente, ela teve uma crise de parvovirose, segundo a dona de sua mãe, ela era vacinada, mas para essa vacina ser válida, é necessária três doses, eu não sabia. Julie teve que ser internada, ficou três dias na clínica, todos os dias eu ia visitá-la, e graças a Deus, ela se recuperou. Quando a Julie passa mal, eu passo junto. Esses dias ela estava meio dodói, vomitando de um lado e eu tendo um começo de infarto do outro, isso que é amor. Hoje a Julie está terrível, parece um furacãozinho, eu a chamo de Catrina às vezes. 

A Julie leva uma vida princesa aqui em casa, diz minha mãe.  Vive dento de casa, dorme dentro de casa. Sei que ela nunca irá substiuir o Bethoven, é insubstituível. Amo a Julie, da mesma forma que eu amei ele. Sinto falta dele. Queria voltar no tempo e trata-lo melhor, aproveitar mais dele. Sei que isso não é possível, mas posso fazer diferente com a Julie. E faço, todos os dias eu brinco com ela, converso com ele e sei que ela me entende. Ah, quantos desabafos, quantos segredos eu já contei pra ela. É muito amor, muito mesmo. Julie, você é o melhor presente do mundo, sua linda.
  
Vídeo da Julie com um mês e meio. Qualidade ruim, filmado por celular.



Bem, é isso! Como vocês perceberam, a Julie é praticamente minha filha. hahaha



"Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio. Expressar-me por meio de palavras é um desafio. Mas não correspondo à altura do desafio. Saem pobres palavras." Clarice Lispector